26/05/2015

O livro de Enoque e os Nefilins - Parte 1

Bom amigos, eu sempre uso a bíblia para me certificar se algo esta correto ou errado. Acredito que através do Espirito Santo de Deus podemos interpretá-la de maneira fiel. Acredito também que muitos homens de Deus deixam-se influenciar por uma interpretação pré-concebidas. Exemplo: 

Quantas vezes já ouvimos dizer que Elias foi arrebatado aos céus por uma carruagem de fogo? Existem músicas, pregações. peças teatrais e muitos outros atrativos baseados nessa premissa, porém o que o texto mostra é outra coisa. Leia 2 Reis 2:1-11 e descubra por si só como Elias foi elevado aos céus. 

Na certeza de que você tem a mesma fome de conhecimento, assim como os Bereianos, sigo para a segunda parte do estudo sobre o livro de Enoque e os Nefilins. 



 OS FILHOS DE DEUS DE ACORDO COM O ANTIGO TESTAMENTO 

Gênesis 6:1-4 se refere aos "filhos de Deus" e ás "filhas dos homens". Várias sugestões tem existido para explicar essa passagem. Existem 3 explicações e nós iremos falar sobre elas agora.

1- Os filhos de Deus eram anjos que não guardaram seus principados; 
2- Eram poderosos governantes humanos; 
3- Eram descendentes devotos de Sete se casando com descendentes ímpios de Caim. 

Na primeira teoria, o antigo testamento se refere aos anjos como filhos de Deus, pode-se ver isso no livro de Jó 1:6, 2:1 e 38:7. Um problema potencial para essa teoria esta no livro de Mateus 22:30, no qual indica que anjos não se casam no céu, porém o texto diz "no céu", e não na Terra, então ao meu ponto de vista essa passagem não anula a teoria de número 1 citada acima, e também o texto não diz que os anjos não são capazes de se casarem, apenas diz que eles não se casam. 

 Na segunda e terceira teoria, homens poderosos se casaram com mulheres normais e tiverem "gigantes" ou "valentes" da antiguidade, ou os descendentes de Sete se casaram com as descendentes de Caim. Porque Deus iria trazer o dilúvio a Terra se ele nunca proibiu que os descendentes de Sete se casassem com outra descendência qualquer? O julgamento vindouro de Gênesis 6:5-7 está diretamente ligado ao acontecimento de Gênesis 6:1-4. Somente um casamento obsceno e perverso de anjos com mulheres humanos aparenta justificar um julgamento tão severo assim. 

Como observado anteriormente, a fraqueza da primeira teoria é que Mateus 22:30 declara: "Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu." No entanto, o texto não diz "os anjos não são capazes de se casarem". Pelo contrário, indica apenas que os anjos não se casam. Segundo, Mateus 22:30 está se referindo aos "anjos no céu", e não aos anjos caídos que não se preocupam com a ordem criada por Deus e buscam ativamente maneiras de interromper o Seu plano. 

O fato de que os santos anjos de Deus não se casam ou não se envolvem em relações sexuais não significa que o mesmo seja verdadeiro sobre Satanás e seus demônios. Sendo assim, a primeira teoria é a mais provável. Sim, é uma "contradição" interessante dizer que os anjos não têm gênero e depois dizer que os "filhos de Deus" eram anjos caídos que procriaram com mulheres humanas. No entanto, embora os anjos sejam seres espirituais (Hebreus 1:14), eles podem aparecer em forma humana e física (Marcos 16:5). Os homens de Sodoma e Gomorra quiseram ter relações sexuais com os dois anjos que estavam com Ló (Gênesis 19:1-5). É plausível que os anjos sejam capazes de assumir a forma humana, até mesmo ao ponto de duplicar a sexualidade humana e, possivelmente, a reprodução. Por que os anjos caídos não fazem isso mais vezes? Parece que Deus aprisionou os anjos caídos que cometeram esse pecado perverso para que os outros anjos caídos não fizessem o mesmo (como descrito em Judas 6). Os anteriores intérpretes hebraicos e escritos apócrifos e pseudoepígrafos são unânimes em manter a visão de que os anjos caídos são os "filhos de Deus" mencionados em Gênesis 6:1-4. Isto de forma alguma encerra o debate. Além disso, a visão de que Gênesis 6:1-4 envolve anjos caídos se casando com as fêmeas humanas tem uma forte base contextual, gramatical e histórica. 

 Continua...

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